Entre o início da noite de ontem (23) até o início da noite de hoje aconteceu o Yom HaShoah (Dia da lembrança do Holocausto).
É o dia em que lembramos as 11 milhões de pessoas que foram mortas durante o Holocausto. Tantas vidas e histórias que se perderam. Muitos sobreviveram para contar sua história, continuaram vivendo, mas nunca mais foram os mesmos.
Ontem fui a um encontro, onde um dos sobreviventes compartilhou sua história conosco. Avraham contou que vivia em Viena, e deu alguns detalhes da sua infância antes e durante a chegada do nazismo ao país. Muitas de suas histórias parecem irreais, impossíveis de imaginar nos dias de hoje, e possivelmente naqueles dias também, até que aconteceu.
Ao falar do dia em que viu seu pai pela última vez, o carismático senhor se emocionou. E como não? Como aceitar que, por uma “crença” infundada, tantas crianças se despediram de seus pais tão cedo?
Hoje (24), às 10h, sirenes tocaram em todo o país durante dois minutos. Nesse intervalo, todas as pessoas pararam o que estavam fazendo, fizeram silêncio, e refletiram. Lembrar para jamais esquecer.
Pessoas imóveis na rua, todos desceram de seus carros, parecia uma foto. Eu estava no trabalho, mas fui para a rua no momento e o que vi foi de tirar o fôlego. Um senhor do outro lado da rua não se movia, o vendedor do falafel manteve a cabeça baixa por todo o tempo, assim como o moço que passeava com seu cachorro ao meu lado.
Não filmei por achar que não era o momento, mas encontrei um vídeo em que vocês podem ver como foi. É só clicar aqui.
First They Came for the Jews
First they came for the Jews
and I did not speak out
because I was not a Jew.Then they came for the Communists
and I did not speak out
because I was not a Communist.Then they came for the trade unionists
and I did not speak out
because I was not a trade unionist.Then they came for me
and there was no one left
to speak out for me.– Martin Niemöller